Antônio Piancó Sobrinho!
Minha mãe publicou um livro: Raízes, em prosa e verso; e nele encontra-se esse grande tesouro...
Quando estava internado na UNICORDIS - RECIFE-PE, compreendendo que o fim estava próximo e que, certamente, não daria tempo de conhecer minha filha, que estava para nascer, meu pai, Antônio Piancó, escreveu estes versos:
Fátima vai ter uma filhinha
Na qual eu estou pensando
Com energia e com força
No mundo ela vem chegando
Só que ela vem pra ficar
E é quando eu vou viajando
Júnio e Leo foram os primeiros
Que chegaram neste lar
Depois veio Tinga e Bito
E conseguiram ficar
Deu tempo me conhecerem
E de mim irão lembrar
Os mais novos do que eles
Até conviveram comigo
Somente a filha de Fátima
Vem chegando no perigo
Porque fica nesse mundo
E eu desenganado sigo
A sorte dessa menina
Foi uma sorte alarmante
Só ficou ela e os pais dela
Pra serem dela amante
Eu se vejo, vejo pouco
Pois daqui sou viajante.
Meu querido avô, infelizmente não pude conviver contigo para acariciar tua cabecinha branca e poder beijá-la. Poder estender minha mão para o senhor e te pedir a benção. Mas sei que onde estás, me abençoas todos os dias. Tenho orgulho de carregar teu sobrenome, pois meus pais fizeram e fazem questão de me mostrar que homem de honra o senhor foi. Obrigada pelos lindos versos meu velho, obrigada por me amar antes mesmo de eu vir ao mundo!
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